segunda-feira, 23 de junho de 2008

Fichamento: Texto 08 – Goodrick-Clarke


Este texto nos apresenta os movimentos neonazistas como uma adaptação das idéias do movimento político da déc. de 1920/30 para o contexto onde surgem posteriormente. Temos este fenômeno exemplificado nas ações contra negros nos Estados Unidos frente a políticas de direitos e oportunidades iguais concedidas pelo governo. Outro exemplo, no caso europeu, se dá no que diz respeito aos imigrantes, provenientes de áreas coloniais – Argélia, no caso francês; Jamaica e Índia, no inglês – que são atacados basicamente pelo mesmo motivo. O estranhamento de culturas diferentes – o preconceito – gera a intolerância e cria um terreno propício para a disseminação, e conseqüente apoio, de teorias racialistas.
O neonazismo de características esotéricas tem por base negar a queda do “White Power” expondo a época atual como uma degeneração do mundo por conta dos judeus. Esta era de ostracismo do poderio branco será superada pela renascença da Alemanha Nazista. O surgimento de novas estruturas sociais viu surgir também novas formas de ação política, entre elas o neonacionalismo, que paradoxalmente floresceu aliado à busca por uma pluralidade, por semelhanças entre os povos, exemplificado pela “Identidade Cristã”.

Nos anos 1980 a extrema-direita se reforça na Europa e nos Estados Unidos, fato comprovado pelo aumento do nº de gangues urbanas, de bandas musicais de cunho racista, agremiações políticas, etc. Este processo, de recrudescimento da extrema-direita, leva-nos a crer em uma futura ascensão destes grupos ao poder e uma possível política oficial de perseguição com base no preconceito e no racismo. Neste ponto é que cabe aos cientistas políticos, antropólogos, historiadores e outros evidencias o movimento antes que este ganhe corpo novamente e cause atrocidades como foram vistas no séc. XX, mas desta vez mais articulado e maduro.

BIBLIOGRAFIA:
GOODRICK-CLARKE, Nicholas. Sol Negro: cultos arianos, nazismo esotérico e políticas de identidade. São Paulo: Madras, 2004. Conclusão: p. 397-401

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